Vaqueiro Que Fez de Tudo

Lucas Evangelista e Luzia Dias

Compositor: Lucas Evangelista e Luzia Dias

Precisa ter muita garra
Pra aguentar meu rojão
Ser filho lá do nordeste
Ter sangue de Lampião
Romeiro de São Francisco
E do Padre Cícero Romão
Romeiro de São Francisco
E do Padre Cícero Romão

Eu me criei no sertão
Vendo festa de arraial
Cresci derrubando touro
E montando em animal
Batendo em bezerro ataca
Levando esfrega de vaca
Na porteira de curral
Batendo em bezerro ataca
Levando esfrega de vaca
Na porteira de curral

Já botei canga em boi manso
E já cambitei madeira
Puxei cana pra o engenho
Já arranquei macaxeira
Batata doce e inhame
Já fiz cerca de arame
Também rocei capoeira
Batata doce e inhame
Já fiz cerca de arame
Também rocei capoeira

Já levei queda de jegue
E de burro saltador
Lacei cavalo velhaco
Correndo no peiador
Cavei tatú de enxada
Já matei porco queixada
E caititu brigador
Cavei tatú de enxada
Já matei porco queixada
E caititu brigador

Já raspei mandioca
Tangi burro em bolandeira
Torei farinha no forno
Já tirei manipueira
Mas a coisa mais bacana
Foi namorar a serrana
No balanço da peneira
Mas a coisa mais bacana
Foi namorar a serrana
No balanço da peneira

Fui festa puxado a fole
Toque de pito e rabeca
No sertão já fiz de tudo
Já joguei até peteca
Peguei piaba em garrafa
Também pesquei de tarrafa
Fiz caçada de marreca
Peguei piaba em garrafa
Também pesquei de tarrafa
Fiz caçada de marreca

Eu já botei máscara em touro
Já puxei boi no morão
Já dei aboio bonito
Em festa de apartação
Também já fui bom de gente
Dei surra em cabra valente
Bajulador de patrão
Também já fui bom de gente
Dei surra em cabra valente
Bajulador de patrão

Já dancei muito em folia
Já acompanhei noivado
Já brinquei bumba meu boi
Já fui careta afamado
Já fiz toda gerigonça
Esperei veado e onça
Passando a noite acordado
Já fiz toda gerigonça
Esperei veado e onça
Passando a noite acordado

No sertão já fiz de tudo
Fui lavrador fui vaqueiro
Fui contador de história
Sou poeta violeiro
De nada estou reclamando
Porque terminei casando
Com a filha de fazendeiro
De nada estou reclamando
Porque terminei casando
Com a filha de fazendeiro

Ofereço esta toada
Ao meu sertão brasileiro
Recordação de um caboclo
Que correu no tabuleiro
Hoje só resta lembrança
Do meu tempo de criança
Da sombra de um juazeiro
Hoje só resta lembrança
Do meu tempo de criança
Da sombra de um juazeiro

Precisa ter muita garra
Pra aguentar meu rojão
Ser filho lá do nordeste
Ter sangue de Lampião
Romeiro de São Francisco
E do Padre Cícero Romão
Romeiro de São Francisco
E do Padre Cícero Romão

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