A Rosa e o Cardeiro

Lucas Evangelista e Luzia Dias

Compositor: Lucas Evangelista

Entre dois pé de espinhos
Tive esta inspiração
A roseira e o cardeiro
Que fizeram uma união
Quando um dia ele morreu
A roseira entristeceu
Mas depois refloresceu
E hoje canta esta canção
Quando um dia ele morreu
A roseira entristeceu
Mas depois refloresceu
E hoje canta esta canção

Saudade da minha infância
Eu não tenho no presente
Durante meu casamento
Passei dramas desconte
Fui uma mulher sofrida
Minha sorte foi cumprida
Só vim viver minha vida
De certa data pra frente

Meu esposo adoeceu
E como o mal era forte
Mas eu fiquei do seu lado
Até Deus mandar-lhe a morte
Minha vida escureceu
Mas depois que ele morreu
O meu coração sofreu
No mundo o segundo corte

Me deixou com 9 filhos
Um já quase rapazinho
Uma moça das primeira
Outro ainda bem novinho
Seis homens no império
Três mulher por meu critério
Formando meu ministério
Para seguir meu caminho

Fiquei com toda a família
Em fase de crescimento
A pensão que me deixou
Para comprar alimento
Fui viver em liberdade
Em uma propriedade
Bem distante da cidade
Pra cumprir meu sofrimento

Tomei conta da fazenda
E fui lutar com o gado
As crianças me ajudando
De casa para o roçado
Fui viver na ilusão
Porque o meu coração
Não quis mais outro patrão
Para não voltar ao passado

Pois na vida de casada
Foi grande o meu padecer
Lembrando que aos 15 anos
Casai-me quase sem querer
No começo da idade
Perdi minha liberdade
Em vez de felicidade
Levei o tempo a sofrer

Pensei que quando eu casasse
Clareava o meu caminho
Chegasse a tranquilidade
Cheia de amor e carinho
Mas me veio tudo ao contrário
Meu sofrimento diário
Faltou-me o mais necessário
Em vez de rosa era espinho

Porque não pode dá certo
Juntar um pé de cardeiro
Com uma roseira frondosa
Que murcha perdendo o cheiro
Sem poder ser carinhosa
Que uma mulher virtuosa
Não pode ser amorosa
Com um homem cachaceiro

Por isto meu matrimônio
Nunca teve diretriz
Porque a bebida fez
Meu casamento infeliz
Tive a existência perdida
Mesmo nem casa e comida
Para ser feliz na vida
Foi sempre o que uma mulher quis

Honrei o meu casamento
Zelei a minha aliança
Abati os invejosos
Sem perder a confiança
De amor não tive nada
Minha vida de casada
Foi bastante maltratada
Não quero mais ter lembrança

Hoje vivo em meu reinado
Como diz nesta canção
Junto à beleza do campo
E a pureza do sertão
Sem pensar em vaidade
Pois minha felicidade
É está fora da cidade
Longe da devassidão

Pra moça que vai casar
Fica este conselho meu
Se casar com viciado
Se prende ao domínio seu
Se casar sem ter amor
A vida não tem sabor
Pra não perder seu valor
Tem que sofrer como eu

Se casar sem ter amor
A vida não tem sabor
Pra não perder seu valor
Tem que sofrer como eu

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